A
velocidade com que tudo evolui, simplifica e se disponibiliza faz com que por
vezes percamos a carona. Estar atualizado significa estar conectado. Significa
estar online. E muito mais que isso, estar “ligado”. Da forma com que fazíamos
ontem, pode hoje ser completamente ineficaz. Dirigir sem um GPS, comprar sem um
cartão com chip, ter um telefone sem internet, já é tão inaceitável que deixa
qualquer pessoa se sentindo perdida. É possível viver sem tecnologia, mas trabalhar
sem estes recursos torna os resultados mais demorados e obviamente pouco
competitivos.
Por
estas e muitas outras razões torna-se necessário introduzir toda tecnologia
possível no ambiente de aprendizagem. E mais que isso, tornar o uso o mais
racional e produtivo possível.
Pouco
adiantaria ter dispositivos computacionais de última geração, internet veloz,
quadro interativo, vídeo aulas, ambientes virtuais de ensino, se faltasse a
figura instigadora e persuasiva do professor.
É
do professor o papel de ensinar e apesar do que se vislumbra de possibilidades
de aprendizagem, não há perspectiva de método que o substitua.
O
que certamente acontecerá é o estilo de ensino ficar obsoleto. A pedagogia á
necessariamente errada, mas apenas não contempla as novas possibilidades e
habilidades necessárias para que o indivíduo domine os atuais recursos e atinja
um nível de autonomia no qual satisfaça as atuais necessidades.
É
preciso formar indivíduos críticos, criativos, portadores de soluções. Capazes
de ler, interpretar e responder.
A
interatividade dos recursos tecnológicos por si só já são capazes de despertar
a atenção e curiosidade, porém tendem ao devaneio. Tendem à improdutividade. E precisamos,
como educadores, mostrar que a internet e seus dispositivos (tablets,
notebooks, smartphones, etc) servem pra muito mais que Facebook, Whatsapp e
Instagram. É possível inclusive até mesmo destes citados se fazer uso
produtivo, basta foco e disciplina.
Por
vezes se acha dúzias de jovens que sem sequer olhar para o seu smartphone são
capazes de guiar alguém até determinada função de uma rede social ou comunicador,
mas incapazes de redigir um texto formal ou mesmo o próprio currículo.
Esta
lacuna mostra o quão defasado está nosso sistema de educação, que não está conseguindo
integrar de forma eficaz tantos dispositivos, ferramentas e sistemas que o
próprio aluno traz para a sala, inclusive mais moderno que aqueles que a escola
disponibiliza.
Os
educadores agora tem muito trabalho pela frente. A começar por refazer seus
planos de aula, atualizar suas didáticas, aprender e dominar a tecnologia a
ponto de discutir em sala de aula a melhor forma de utilizá-la.
A internet é fonte de informação e o uso
correto desta informação, da pesquisa direcionada, pode ajudar o aluno a
compreender melhor a realidade, inclusive a ponto de participar com suas
vivências e pontos de vista e desta forma enriquecer seu aprendizado.
O
aluno pode não só dispor da internet como fonte de pesquisa, como pode através
dela apresentar seus resultados, sua competência e seus resultados. A
possibilidade de o aluno apresentar seu trabalho com recursos tecnológicos,
como apresentações de slides e data show pode motivá-lo a desenvolver sua
oratória, melhorar sua comunicação e a sua desenvoltura frente aos questionamentos.
Aí está o verdadeiro sentido da apresentação de um trabalho. Um treinamento para o trabalho e para a vida.
De
igual forma e importância está o trabalho em grupo, hoje com a possibilidade de
se fazer remotamente, com um grupo ainda maior de participantes, visto que o
espaço físico já não é limitador. O trabalho em grupo, corretamente orientado,
forma profissionais colaborativos, destaca e desenvolve talentos, forma
indivíduos com senso de equipe e principalmente, forma líderes.
Nestes
exemplos a tecnologia potencializa a comunicação, a criação e a produção, da
mesma que deve acontecer mais adiante, no mercado de trabalho.
A
tecnologia é onipresente. Não nos damos conta. Está na previsão do tempo, na
análise do trânsito antes de sairmos de casa, na receita do almoço ou no
trajeto mais curto até o restaurante preferido. Está tão presente que algumas
pessoas existem mais no mundo virtual que no mundo real.
E aí estará nosso próximo desafio: reabilitar os
valores e fortalecer a identidade das pessoas.Texto para a Faculdade Internacional Signorelli
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